segunda-feira, 31 de maio de 2010

Um santiaguense para deputado federal

O pré-candidato a deputado federal Paulo Ferreira esteve em Santiago. Ele foi recebido por cerca de cem pessoas em um jantar no Restaurante Cia do Sabor. Ferreira é santiaguense, mais um motivo para ter se deslocado até o município.

Licenciado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi um dos principais responsáveis pela reestruturação do PT ao longo dos últimos quatro anos, período no qual desempenhou a função de secretário nacional de finanças e planejamento do partido.


terça-feira, 25 de maio de 2010

Jantar na Cia do Sabor. O santiaguense Paulo Ferreira estará presente. Ele é pré-candidato a deputado federal

O santiaguense Paulo Ferreira volta à sua terra natal nesta sexta-feira, 28, para um jantar no Restaurante Cia do Sabor. Lá ele pretende encontrar a militância, membros e simpatizantes do partido, bem como antigos conhecidos. Além do delicioso cardápio da casa, o evento contará com músicos da terra, amigos do anfitrião, que é pré-candidato a deputado federal. Os cartões estão à venda com Ruben Finamor. Contatos pelo telefone 9988-5924 ou 3251-6224.

A vez do reconhecimento

Ferreira é licenciado em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Casado e pai de três filhos, está no PT desde a fundação. O santiaguense teve grande destaque diante da sociedade brasileira como secretário nacional de finanças e planejamento do partido. Em quatro anos no cargo, ocupado até o último mês de fevereiro, ele conseguiu equilibrar as finanças petistas. E é em reconhecimento a esse importante trabalho que Ferreira é cotado para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Além disso, a sua eleição também seria a primeira vez de um santiaguense como deputado federal, um marco na história do município e da região.

PT terá reunião na quinta

O Diretório Municipal do PT terá importante reunião nesta quinta-feira, 27, ainda na sede antiga, à Rua Bento Gonçalves. É imprescindível que grande número de companheiros participe, já que o processo eleitoral está perto de começar e o sucesso das estratégias de campanha depende da participação da militância, mantendo as discussões acerca da conjuntura estadual e federal. O encontro será a partir das 18h30. O presidente do partido em Santiago, Antônio Bueno, sugere ainda que esta atividade seja divulgada de companheiro a companheiro, assegurando ampla participação das bases.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Datafolha confirma disparada de Dilma e queda de Serra

Após as pesquisas recentes dos institutos Vox Populi e Sensus, agora foi a vez de o Datafolha mostrar a arrancada de Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto e a queda de José Serra (PSDB). Pela pesquisa, os dois estão empatados com 37% na simulação de 1º turno e com 42% na de segundo turno. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram entrevistadas 2.660 pessoas na quinta e sexta-feira.

Na comparação com o levantamento de abril, Dilma subiu de 30% para 37% na disputa de primeiro turno. Já Serra caiu de 42% para 37%. Marina Silva (PV) se manteve com 12% das preferências. As intenções de votos brancos e nulos somaram 5%, e os indecisos são 9%. O Datafolha era o único instituto que ainda sustentava uma vantagem expressiva para o tucano - o que agora desapareceu.

Na pesquisa espontânea, que não mostra os nomes dos pré-candidatos, Dilma lidera com 19%, contra 14% de Serra. A petista cresce num ritmo mais acelerado do que o tucano. A resposta espontânea mostra ainda um grande número de pessoas que citam o presidente Lula e "o candidato do PT". "Em tese, portanto, o potencial de voto espontâneo em Dilma pode ser de 28% - os seus 19% e mais outros 9% dos que desejam votar em Lula, em quem ele indicar ou em um nome apresentado pelo PT", afirma a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, proprietário do instituto.

Um item importante apontado pelo Datafolha foi a mudança nos índices de rejeição, favorável à petista, que caiu de 24% para 20% enquanto o de Serra subiu de 24% para 27%.

O levantamento foi realizado na quinta-feira (20) e na sexta (21) com 2.660 entrevistas em todo o país.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mais uma pesquisa destaca Dilma à frente do tucano

Outra pesquisa, agora da CNT/Sensus, mostra Dilma Rousseff à frente do tucano José Serra. Os números foram divulgados na segunda-feira, 17 de maio. A pré-candidata do PT aparece com 35,7%, enquanto que o representante do PSDB somaria 33,2%. A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos. Na pesquisa espontânea, Dilma tem 19,8% contra 14,4% de Serra. A matéria completa pode ser visualizada no site http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/05/dilma-supera-serra-na-disputa-pelo-planalto-mostra-cntsensus.html.

domingo, 16 de maio de 2010

Dilma passa Serra

O último sábado terminou com a notícia de que a pré-candidata a presidente Dilma Rousseff, do PT, passou o tucano José Serra. Os números são de pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi, a pedido da revista IstoÉ, divulgada neste 15 de maio. Dilma chegaria à frente no 1º turno e venceria no 2º. Confira mais detalhes na matéria abaixo, publicada no site http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=205205.

Pesquisa Vox Populi mostra Dilma com 38% e Serra com 35%

Pesquisa do instituto Vox Populi, divulgada neste sábado (15) no Jornal da Band, mostra a pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, com 38% das intenções de voto, contra 35% do tucano José Serra. Embora dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais para cima ou para baixo, esta é a primeira vez em que Dilma aparece à frente de Serra.

Na pesquisa anterior do Vox Populi, divulgada em 3 de abril, o presidenciável do PSDB tinha 34%, contra 31% da pré-candidata do PT. Marina Silva (PV) aparece agora com 8%, contra 5% registrados no levantamento anterior. Votos brancos e nulos ficaram com 8%, enquanto 11% dos entrevistados se disseram indecisos.

Em uma projeção de segundo turno, Dilma tem 40%, contra 38% de Serra. Votos brancos e nulos ficaram com 9% no segundo turno, enquanto 13% dos entrevistados ainda não escolheram candidato. Segundo o Vox Populi, 75% das pessoas disseram conhecer bem o pré-candidato José Serra, enquanto 56% afirmaram o mesmo de Dilma e 33%, de Marina.

Foram entrevistadas 2.000 pessoas entre os dias 8 e 13 de maio. A pesquisa foi registrada no TSE com o número 11.266/2010.

O PT faz bem para Santiago‏*

O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é um repasse federal definido no artigo 159 da Constituição Federal (CF) e representa, hoje, a maior receita dos municípios. Mesmo que o site da Prefeitura Municipal de Santiago não informe, a minha experiência como vereador do município e os dados contidos no Portal da Transparência do Governo Federal (www.portaldatransparencia.gov.br) mostram um crescimento de repasses para Santiago acima da inflação do período, além do incremento de outras receitas que até 2002 não eram repassadas ao município.

No ano de 2004, Santiago recebeu R$ 10.045.314,45 do Governo Federal. Em 2009 este valor aumentou para R$ 21.823.222,04, o que representa um acréscimo de 117%, enquanto a inflação do período ficou em torno de 40%. O FPM evoluiu de R$ 5.870.385,83 em 2004 para R$ 11.826.406,66 em 2009, acréscimo de 101%.

Os investimentos federais em Santiago são ainda mais representativos quando consideramos que nestes números não estão incluídos os convênios que permitiram a construção de habitações populares, creches, postos de saúde, ginásios de esportes, salões comunitários, calçamentos e pavimentação de ruas, aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, além de verbas para programas de geração de trabalho e renda.

O PT reconhece a importância dos municípios e trata-os de maneira muito mais qualificada.

*Antônio Bueno - Presidente do PT de Santiago/RS

quinta-feira, 6 de maio de 2010

TSE rejeita ação do PSDB contra o Sensus

Por Celso Marcondes, no site da Revista Carta Capital, endereço http://www.cartacapital.com.br/

Tribunal Superior Eleitoral indefere pedido dos tucanos e afirma que não houve equívoco na pesquisa que deu empate entre Serra e Dilma

Há duas semanas o PSDB criou uma grande celeuma a respeito da pesquisa do Instituto Sensus, divulgada dia 13 de abril, que dava empate técnico entre Serra e Dilma no primeiro lugar da corrida presidencial.

Depois da publicação de matéria no jornal Folha de S.Paulo, o partido entrou com representação junto ao Tribunal Superior Eleitoral que lhe permitiu acesso a todos os dados da pesquisa, abertos pelo próprio instituto.

Como resultado de sua investigação, o PSDB chegou a afirmar que partes dos dados da pesquisa estavam erradas porque se referiam exclusivamente ao Estado de Santa Catarina e não ao País.

Logo essa versão foi desmentida, pois ficou apurado que os auditores tucanos haviam analisado dados de uma outra pesquisa realizada pelo instituto.

Mesmo assim, a representação junto ao TSE se manteve. Foi argumentado que o Sensus não respeitou o prazo mínimo de cinco dias entre o pedido de registro da pesquisa e sua divulgação. O instituto anunciou como contratante o Sindicato dos Empregados nas Empresas Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral do Estado de São Paulo (Sindecrep), mas quatro dias depois mudou o nome para Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav).

Foi o suficiente para o PSDB pedir que o Sensus fosse multado pelo tribunal. A multa poderia variar de R$ 53.205,00 a R$ 106. 410,00 e causaria enormes danos ao instituto.

Nesta quarta-feira 5 o TSE julgou improcedente a representação dos tucanos e aceitou a explicação dos advogados do instituto, que alegaram ter acontecido um equívoco no preenchimento dos formulários, corrigido quatro dias depois, porque os dois sindicatos funcionam no mesmo prédio e compartilham o mesmo telefone.

O ministro auxiliar Joelson Dias, do TSE, afirmou em seu despacho que foi “mero erro material”, sem condições de contaminar qualquer aspecto da pesquisa.

E escreveu assim: "Ademais, tenho que o erro não incidiu sobre as informações que, em momento anterior à divulgação da pesquisa, considero mais importantes para o exercício em toda a sua plenitude da ação fiscalizadora da Justiça Eleitoral e dos partidos, como, por exemplo, a metodologia e período de realização da pesquisa; o plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução e nível econômico do entrevistado; a área física de realização do trabalho, o intervalo de confiança e a margem de erro; o sistema interno de controle e verificação, conferência e fiscalização da coleta de dados e do trabalho de campo e o questionário completo aplicado ou a ser aplicado. Avalio que estamos diante da correção de mero erro material constante no espelho de registro da pesquisa, frise-se, desde sempre sujeito às impugnações previstas na lei. Assim, no caso específico dos autos, a referida correção não enseja o reinício da contagem do prazo, reclamado pelo representante, eis que em nada alterou a essência do ato, seja no que diz respeito ao exercício da ação fiscalizadora da Justiça Eleitoral e dos partidos, como visto, seja no que concerne à disponibilização dos dados que foram informados por ocasião da divulgação dos resultados".

Lula, as elites e o vira-latas‏

Por Francisco Carlos Teixeira, CB - do Rio de Janeiro - Seguindo outros grandes meios de comunicação globais, a revista Time escolheu – na semana passada - o presidente Lula como o líder mais influente do mundo. A notícia repercutiu em todo o mundo, sendo matéria de primeira página, no jornalão El País.

Elite e preconceito

Na verdade a matéria o apontava como o homem mais influente do mundo, posto que nem só políticos fossem alinhados na larga lista composta pelo Time. Esta não é a primeira vez que Lula merece amplo destaque na imprensa mundial. Os jornais Le Monde, de Paris, e o El País, o mais importante meio de comunicação em língua espanhola (e muito atento aos temas latino-americanos) já haviam, na virada de 2009, destacado Lula como o “homem do ano”. O inédito desta feita, com a revista Time, foi fazer uma lista, incluindo aí homens de negócios, cientistas e artistas mundialmente conhecidos. Entre os quais está o brasileiro Luis Inácio da Silva, nascido pobre e humilde em Caetés, no interior de Pernambuco, em 1945, o presidente do Brasil aparece como o mais influente de todas as personalidades globais. Por si só, dado o ponto de partida da trajetória de Lula e as deficiências de formação notórias é um fato que merece toda a atenção. No Brasil a trajetória de Lula tornou-se um símbolo contra toda a forma de exclusão e um cabal desmentido aos preconceitos culturalistas que pouco se esforçam para disfarçar o preconceito social e de classe.

É extremamente interessante, inclusive para uma sociologia das elites nacionais, que o brasileiro de maior destaque no mundo hoje seja um mestiço, nordestino, de origens paupérrimas e com grande déficit de educação formal. Para todos os segmentos das elites nacionais, nostálgicas de uma Europa que as rejeita, é como uma bofetada! E assim foi compreendida a lista do Time. Daí a resposta das elites: o silêncio sepulcral!

Lula Líder Mundial

Desde 2007 a imprensa mundial, depois de colocá-lo ao lado de líderes cubanos e nicaraguenhos num pretenso “eixinho do mal”, teve que aceitar a importância da presença de Lula nas relações internacionais e reconhecer a existência de uma personalidade original, complexa e desprovida de complexos neocoloniais. Em 2008 a Newsweek, seguida pela Forbes, admitiam Lula como um personagem de alcance mundial. O conservador Financial Times declarava, em 2009, que Lula, “com charme e habilidade política” era um dos homens que haviam moldado a primeira década do século XXI. Suas ações, em prol da paz, das negociações e dos programas de combate à pobreza eram responsáveis pela melhor atenção dada, globalmente, aos pobres e desprovidos do mundo.

Mesmo no momento da invasão do Iraque, em busca das propaladas “armas de destruição em massa”, Lula havia proposto a continuidade das negociações e declarado que a guerra contra a fome era mais importante que sustentar o complexo industrial-militar norte-americano.

Em 2010, em meio a uma polêmica bastante desinformada no Brasil – quando alguns meios de comunicação nacionais ridicularizaram as propostas de negociação para a contínua crise no Oriente Médio – o jornal israelense Haaretz – um importante meio de comunicação marcado por sua independência – denominou Lula de “profeta da paz”, destacando sua insistência em buscar soluções negociadas para a paz. Enquanto isso, boa parte da mídia brasileira, fazendo eco à extrema-direita israelense, procurava diminuir o papel do Brasil na nova ordem mundial.

Lula, talvez mesmo sem saber, utilizando-se de sua habilidade política e de seu incrível sentido de negociações, repetia, nos mais graves dossiês internacionais, a máxima de Raymond Aron: a paz se negocia com inimigos. As exigências, descabidas e mal camufladas de recusa às negociações, sempre baseadas em imposições, foram denunciadas pelo presidente brasileiro. Idéias pré-concebidas estabelecendo a necessidade de mudar regimes para se ter a paz ou usar as baionetas para garantir a democracia foram consideradas, como sempre, desculpas para novas guerras. Lula mostrou-se, em várias das mais espinhosas crises internacionais, um negociador permanente. Foi assim na crise do golpe de Estado na Venezuela em 2002 (quando ainda era candidato) e nas demais crises sul-americanas, como na Bolívia, com o Equador e como mediador em crises entre outros países.

Lula negociador

O mais surpreendente é que o reconhecimento internacional do presidente brasileiro não traz qualquer orgulho para a elite brasileira. Ao contrário. Lula foi ridicularizado por sua política no Oriente Médio. Enquanto isso o presidente de Israel, Shimon Perez ou o Grande-Rabino daquele país solicitavam o uso do livre trânsito do presidente para intervir junto ao irascível presidente do Irã. Dizia-se aqui que Lula ofendera Israel, enquanto o Haaretz o chamava de “profeta da paz” e a Knesset (o parlamento de Israel) o aplaudia em pé. No mesmo momento o Brasil assinava importantes acordos comerciais com Israel.

Ridicularizou-se ao extremo a atuação brasileira em Honduras, sem perceber a terrível porta que se abria com um golpe militar no continente. Lula teve a firmeza e a coragem, contra a opinião pública pessimamente informada, de dizer e que “... a época de se arrancar presidentes de pijama” do palácio do governo e expulsá-los do país pertencia, definitivamente, à noite dos tempos.

Honduras teve que arcar com o peso, e os prejuízos, de sustentar uma elite empedernida, que escrevera na constituição, após anos de domínio ditatorial, que as leis, o mundo e a vida não podem ser mudados. Nem mesmo através da expressa vontade do povo! E a elite brasileira preferiu ficar ao lado dos golpistas hondurenhos e aceitar um precedente tenebroso para todo o continente.

Brasil, país no mundo!

Também se ridicularizou a abertura das relações do Brasil com o conjunto do planeta. Em oito anos abriu-se mais de sessenta novas representações no exterior, tornando o Brasil um país global. Os nostálgicos do “circuito Helena Rubinstein” – relações privilegiadas com Nova York, Londres e Paris – choraram a “proletarização” de nossas relações. Com a crise econômica global – que desmentiu os credos fundamentalistas neoliberais – a expansão do Brasil pelo mundo, os novos acordos comerciais (ao lado de um mercado interno robusto) impediram o Brasil de cair de joelhos. Outros países, atrelados ao eixo norte-atlântico e aqueles que aceitaram uma “pequena Alca”, como o México, debatem-se no fundo de suas infelicidades. Lula foi ridicularizado quando falou em “marolinha”. Em seguida o ex-poderoso e o ex-centro anti-povos chamado FMI, declarou as medidas do governo Lula como as mais acertadas no conjunto do arsenal anti-crise.

Mais uma vez silêncio das elites brasileiras!

Lula foi considerado fomentador da preguiça e da miséria ao ampliar, recriar, e expandir ações de redistribuição de renda no país. A miséria encolheu e mais de 91 milhões de brasileiros ascenderam para vivenciar novos patamares de dignidade social... A elite disse que era apoiar o vício da preguiça, ecoando, desta feita sabendo, as ofensas coloniais sobre “nativos” preguiçosos. Era a retro-alimentação do mito da “pereza ibérica”. Uma ajuda de meio salário, temporária, merece por parte da elite um bombardeio constante. A corrupção em larga escala, dez vezes mais cara e improdutiva ao país que o Bolsa Família, e da qual a elite nacional não é estranha, nunca foi alvo de tantos ataques.

A ONU acabou escolhendo o Programa Bolsa Família como símbolo mundial do resgate dos desfavorecidos. O ultra-conservador jornal britânico The Economist o considerou um modelo de ação para todos os países tocados pela pobreza e o Le Monde como ação modelar de inclusão social.

Mais uma vez a elite nacional manteve-se em silêncio!

Em suma, quando a influente revista, sem anúncios do governo brasileiro, Time escolhe Lula como o líder mais influente do mundo, a mídia brasileira “esquece” de noticiar. Nas páginas internas, tão encolhidas como um vira-lata em dia de chuva noticia-se que Lula “... está entre os 25 líderes mais influentes do mundo”. Errado! A lista colocava Lula como “o mais” influente do mundo.

Agora se espera o silêncio da elite brasileira!

Francisco Carlos Teixeira é professor Titular de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

sábado, 1 de maio de 2010

Dia do Trabalhador: data para reafirmar compromisso do PT

Neste 1º de maio vários países celebram o Dia do Trabalhador. A data ficou marcada em 1886, quando milhares de trabalhadores saíram às ruas de Chicago para protestar contra condições de trabalho desumanas e carga horária absurda de 13 horas diárias. A greve paralisou os Estados Unidos e resultou na morte de vários trabalhadores, ao serem oprimidos pela polícia nos dias seguintes.

Em 23 de abril de 1919 o senado francês aprovou jornada de trabalho de oito horas diárias e estabeleceu o 1º de maio como feriado nacional do Dia do Trabalhador. Após a França, vários países tomaram a mesma decisão. Em 1924, no governo de Artur Bernardes, foi a vez do Brasil consolidar a data.

Proletariado hoje

A classe proletária se caracteriza pelo fato de vender a sua força de trabalho, não o produto dele. Ou seja, não importa que o homem produza mais, pois mesmo assim ele continuará a receber a mesma quantia. No modelo capitalista, o “mais” de sua produção ficará com aquele que o emprega.

Por muito tempo este proletariado esteve associado aos funcionários de grandes fábricas, a massas uniformes de trabalhadores da indústria pesada. Porém, com a diversificação da economia, o novo proletário pode estar à frente de uma sala de aula, escrevendo em um jornal, nos serviços domésticos, atuando num tribunal do júri, rebocando uma parede, atendendo em uma lanchonete ou ambulatório médico.

Tal qual o operário, qualquer um desses profissionais pode estar em uma situação na qual sua capacidade de produzir algo é tomada pelo sistema, sem que ele receba o justo pelo resultado de seu serviço. Ou seja, o proletariado ainda está aí. Não veste o mesmo uniforme, mas compartilha da mesma posição de explorado. Está aparentemente fragmentado, mas unido pela mesma causa: uma sociedade menos desigual.

Compromisso do PT

Com mais um 1º de Maio a ser celebrado, o Partido dos Trabalhadores de Santiago reafirma seu compromisso com os trabalhadores de nosso município. A luta por uma sociedade mais justa transcende governos. Ela se dá no dia a dia em qualquer canto do mundo e passa pela consolidação dos direitos dos trabalhadores, por condições de trabalho justas e remuneração condizente com o resultado de sua produção, sem que isso represente um abismo entre os que ganham mais e os que ganham menos. Assim, neste Dia do Trabalhador, o PT saúda a todos os trabalhadores proletários, seja qual for o papel social que ele cumpra.

Partido dos Trabalhadores de Santiago/RS